Alimentação e desvios alimentares




Dicas para uma alimentação saudável



Os hábitos alimentares inadequados e a privação da atividade física são alguns dos fatores de risco para o aparecimento de doenças como, a obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares, por isso, é importante adoptarmos um estilo de vida mais saudável.



Tomar sempre o pequeno-almoço

Iniciar o dia com um pequeno-almoço completo e equilibrado, para tal, deve consumir leite e seus derivados, pão escuro, cereais integrais e fruta fresca.

 Evitar estar mais de 3 horas e meia sem comer

Fazer pequenos lanches entre as refeições principais e uma ceia ao deitar.



Diminuir o consumo de sal

Reduzir a quantidade na confecção dos alimentos, optando por utilizar ervas aromáticas e especiarias nos cozinhados.


 Evitar ingerir açúcar e produtos açucarados

Não devemos adicionar açúcar ao leite, chá e café, optando pelo sabor natural. Evitar produtos ricos em açúcar, como gelados, rebuçados e sobremesas, devendo ser consumidos de preferência no fim da refeição.

 Aumentar o consumo de legumes e hortaliças

Iniciar o almoço ou o jantar com uma sopa rica em legumes.

 Aumentar o consumo de fruta

Preferir a fruta a outro tipo de sobremesa mais açucarada. Nos intervalos entre as refeições “engane a fome” comendo uma peça de fruta.




Consumir peixe e carnes brancas

O peixe e as carnes brancas fornecem a mesma quantidade de proteínas que as carnes vermelhas, com a vantagem de estas terem menos gordura.

 Beber água ao longo do dia

Uma boa maneira de consumir água de uma forma saudável é através de chás e infusões.

Evitar o consumo de bebidas gaseificadas à base de frutos, pois é rica em açúcar.




Se beber bebidas alcoólicas, faça-o com moderação!




Roda dos alimentos




Em que consiste?


A roda dos alimentos é uma representação gráfica que nos ajuda a combinar e a escolhermos alimentos que deverão acompanhar-nos numa alimentação saudável.


Como está constituída?


            É composta por 7 grupos de alimentos com diferente importância, onde indica a porção de cada um deles.


            A antiga roda era organizada em 5 grupos onde não eram indicadas as porções e, estes eram:

                             I.        Leite e derivados

                            II.        Carnes, leite e ovos

                          III.        Óleos e gorduras

                         IV.        Cereais e leguminosas

                           V.        Hortaliças, legumes e frutos


A nova roda é constituída por:

                             I.        Cereais, tubérculos- 28%

                            II.        Hortícolas- 23%

                          III.        Fruta- 20%

                         IV.        Lacticínios- 18%

                           V.        Carnes, pescado e ovos- 5%

                         VI.        Leguminosas-2%

                        VII.        Gorduras e óleos-3%




A água apesar de não fazer parte, está representada em todos eles, pois faz parte da constituição.
            A necessidade desta pode variar entre os 1,5 a 3 litros por dia.


Desvios Alimentares

 Nos dias de hoje, os desvios alimentares mais presentes são: anorexia, bulimia e obesidade. 

Anorexia

A anorexia é uma doença do foro psíquico, que se deve a um comportamento alimentar impróprio e que conduz a uma excessiva perda de peso.

Causas

- Pressão social apoiada em estereótipos de beleza: a magreza é apresentada com o sinónimo de elegante e belo;
- A influência por parte dos estilistas de moda e dos fabricantes, que fazem tamanhos muito pequenos;
- O grande desejo de atingir a forma física enquadrada nas “exigências actuais”;
- A pressão da publicidade alimentar para “aqueles” produtos que conduzem à silhueta desejada;
- A pressão da própria pessoa, por falta de auto-estima;
- As críticas ao seu aspecto físico, por parte dos que a rodeiam;
- A valorização, por parte da sociedade actual, do modelo ideal de beleza, marcado pela extrema magreza.


Consequências

- A fragilidade do cabelo, das unhas, a pele fica baça e seca;
- O afastamento dos amigos e da família;
- As mudanças repentinas de humor;
- A perda excessiva de peso;
- As perturbações do sono;
- No caso das raparigas, a interrupção do ciclo menstrual ou impedimento do seu aparecimento;
- A alteração do processo de desenvolvimento e crescimento do corpo;
- A diminuição da tensão arterial, do ritmo respiratório e da temperatura corporal;
- A perda natural do apetite, pois o organismo habitua-se a não ter fome.

Formas de Prevenção e Alerta

- Aceitar o corpo tal como ele é;
- Rodeie-se de pessoas que se aceitam como são, assim também vai aprender a fazer o mesmo;
- Tenha uma alimentação saudável e nutritiva;
- Comer em horários regulares e não saltar refeições;
- Evitar comer fast-food, bolos, bolachas, entre outros, com altos níveis calóricos;
- Fazer exercício físico moderado e regular;
- Elevar a auto-estima, encontrando sucesso no que faz;
- Ler mensagens motivacionais;
- Pais devem ter atenção extra aos comportamentos dos filhos, principalmente se este pedir ajudar. Também devem promover um equilíbrio entre o ambiente familiar e a independência do filho;
- Se tiver necessidade de emagrecer, deve procurar ajuda médica.


Bulimia
É uma doença que consiste em episódios de ingestão compulsiva de alimentos muito calóricos seguidos de atitudes inadequadas que compensam essas calorias ingeridas (indução do vómito).



Causas

- A angústia e o stress;
- Falta de auto-estima;
- Tentativa de neutralizar o sofrimento, causado pela solidão;
- Valorização do corpo magro como ideal de beleza.

Consequências

- Depressão;
- Irregularidade menstrual, no caso das mulheres;
- Problemas de esófago e de estômago;
- Arritmia cardíaca;
- Fadiga;
- Fragilidade dos dentes e dos ossos (devido à indução do vómito).
           

Formas de prevenção e alerta       

- Realçar a importância para uma alimentação saudável por parte da família e não dar ênfase à perda de peso;
- Conversar com os filhos acerca da valorização pessoal e dos perigos de seguir os “padrões de beleza”;
- Evitar dietas rigorosas e períodos longos sem comer;
- Pais não devem associar a comida a prémios ou chantagens;
- Pais devem ter atenção extra aos filhos, pois em casa os filhos podem demonstrar sinais bulímicos.




Obesidade

A obesidade é uma doença crónica multi-factorial, na qual a reserva natural de gordura aumenta até o ponto em que passa a estar associada a certos problemas de saúde e ao aumento da taxa de mortalidade.

O estado de obesidade significa que a ingestão alimentar é superior ao gasto energético.

Apesar de se tratar de uma condição clínica individual, cada vez mais está a ser vista como um sério e crescente problema de saúde pública.

O excesso de peso predispõe o organismo a uma série de doenças, em particular:

-          Doença cardiovascular

-          Diabetes mellitus tipo 2

-          Apneia do sono 

-          Osteoartrite





O que é a obesidade?


De acordo com a OMS, a obesidade é uma doença em que o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir graus capazes de afectar a saúde.

É uma doença crónica, com enorme prevalência nos países desenvolvidos, atinge homens e mulheres de todas as etnias e de todas as idades, reduz a qualidade de vida e tem elevadas taxas de morbilidade e mortalidade.

A obesidade acarreta múltiplas consequências graves para a saúde.

Na prática, a obesidade é avaliada em termos da massa corporal e também pela sua distribuição na circunferência da cintura.

Além disso, a presença de obesidade deve ser avaliada enquanto factor de risco cardiovascular e outras condições médicas que podem aumentar o risco de complicações.


Quais são os tipos de obesidade?

Obesidade andróide, abdominal ou visceral

- Dá-se quando o tecido adiposo se acumula na metade superior do corpo, sobretudo no abdómen.

É típica do homem obeso.


Obesidade do tipo ginóide

- Dá-se quando a gordura se distribui principalmente na metade inferior do corpo, particularmente na região glútea e coxas.

É típica da mulher obesa.


IMC - índice de massa corporal


IMCé um método simples de se medir a gordura corporal.

É calculado ao dividir o peso do indivíduo em quilos pelo quadrado de sua altura em metros.

Equação

IMC = kg/m2

O kg é o peso do indivíduo em quilogramas e “m” é a altura do mesmo em metros.


Circunferência da cintura



O IMC não distingue entre diferentes tipos de adiposidade, alguns dos quais podem estar mais associados a doença cardiovascular.

Estudos mais recentes dos diferentes tipos de tecido adiposo têm demonstrado que a obesidade central (em forma de maçã, tipicamente masculina) tem uma correlação muito superior à doença cardiovascular que o IMC por si só.

- A circunferência absoluta

(>102 cm para homens e >88 cm para mulheres) 

- O índice cintura-quadril

(>0.9 para homens e >0.85 para mulheres)

Ambas são utilizadas como medidas para conseguir perceber casos de obesidade central.

IAC - indice de adiposidade corporal

 

 

O IAC é calculado pela divisão entre o produto da raiz quadrada da altura pela circunferência do quadril e a altura.
Desse resultado subtrai-se 18.

O normal para :

Mulheres é de 21 a 32

Homens de 18 a 20

Causas e consequências da obesidade


Há tantas pessoas obesas a nível mundial que a Organização Mundial de Saúde considerou esta doença como a epidemia global do século XXI.


O que causa a obesidade?

O excesso de gordura resulta de sucessivos balanços energéticos positivos, em que a quantidade de energia ingerida é superior à quantidade de energia dispendida.

Os factores que determinam este desequilíbrio são complexos e podem ter origem:

-          Genética
-          Metabólica
-          Ambiental
-          Comportamental

Uma dieta hiper-energética, com excesso de gorduras, de hidratos de carbono e de álcool, aliada a uma vida sedentária, leva à acumulação de excesso de massa gorda.


Existem provas científicas que sugerem haver uma predisposição genética que determina, em certos indivíduos, uma maior acumulação de gordura na zona abdominal, em resposta ao excesso de ingestão de energia ou à diminuição da actividade física.


Que consequências para a saúde acarreta a obesidade?

Aparelho cardiovascular

- Hipertensão arterial, arteriosclerose, insuficiência cardíaca congestiva e  angina de peito

Complicações metabólicas

- Hiperlipidémia, alterações de tolerância à glicose, diabetes tipo 2, gota

Sistema pulmonar

- Dispneia (dificuldade em respirar) e fadiga, síndroma de insuficiência respiratória do obeso, apneia de sono (ressonar) e embolismo pulmonar

Aparelho gastrintestinal

- Esteatose hepática, litíase vesicular (formação de areias ou pequenos cálculos na vesícula) e carcinoma do cólon

Aparelho genito-urinário e reprodutor

- Infertilidade e amenorreia (ausência anormal da menstruação), incontinência urinária de esforço, hiperplasia e carcinoma do endométrio, carcinoma da mama, carcinoma da próstata, hipogonadismo hipotalâmico e hirsutismo;

Outras alterações

- Osteartroses, insuficiência venosa crónica, risco anestésico, hérnias e propensão a quedas.




A obesidade provoca também alterações sócio-económicas e psicossociais:

- Discriminação educativa, laboral e social;

- Isolamento social;

- Depressão e perda de auto-estima.




Como se previne a obesidade?

- Dieta alimentar equilibrada

- Actividade física regular

- Modo de vida saudável


Quais são os factores de risco?


Vida sedentária

- Quanto mais horas de televisão, jogos electrónicos ou jogos de computador, maior a prevalência de obesidade

Zona de residência urbana

- Quanto mais urbanizada é a zona de residência maior é a prevalência de obesidade

Grau de informação: dos pais

- A ausência de informação relativamente a comportamentos alimentares de risco podem também estar associado aos fatores de risco.

Factores genéticos

- A presença de genes envolvidos no aumento do peso aumentam a susceptibilidade ao risco para desenvolver obesidade, quando o indivíduo é exposto a condições ambientais e comportamentais favorecedoras

- FACTORES FISIOLÓGICOS:

Gravidez e menopausa podem contribuir para o aumento do armazenamento da gordura na mulher provocando excesso de peso.



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